Macrobrachium olfersii

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Espécimes de Macrobrachium olfersii
Espécimes de Macrobrachium olfersii
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classe: Malacostraca
Ordem: Decapoda
Subordem: Pleocyemata
Infraordem: Caridea
Família: Palaemonidae
Género: Macrobrachium
Espécie: M. olfersii
Nome binomial
Macrobrachium olfersii
(Wiegmann, 1836)
Sinónimos
[1]
  • Palaemon olfersii (Wiegmann, 1836)
  • Palemon spinimanus (Edwards, 1837)
  • Palaemon consobrinus (de Saussure, 1857)
  • Palaemon desausuri (Heller, 1862)
  • Palaemon potiporanga (Muller, 1880)
  • Macrobrachium olfersii (Smith, 1869)
  • Macrobrachium olfensi (Holthuis, 1952)
  • Macrobrachium holthuisi (Genofre e Lobão, 1978)
  • Macrobrachium birai (Melo e Fernandes, 1986)

Macrobrachium olfersii, vulgarmente chamado de pitu[2] e camarão-d’água-doce,[3][4] é um camarão da família dos palemonídeos (Palaemonidae). É nativo das regiões lacustres do sudeste dos Estados Unidos, na América do Norte, até o sul do Brasil, na América do Sul.[5][6] No Brasil, em 2005, foi classificado como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[7] e em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[8][9]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Pitu, de acordo com o Dicionário Histórico das Palavras Portuguesas de Origem Tupi (DHPT), vem do tupi pi'tu no sentido de "espécie de camarão". Para Antenor Nascentes, por sua vez, derivou do tupi pï'tu ("casca escura"). Foi citado a primeira vez em 1817 como pitú.[10]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Macrobrachium olfersii possui dimorfismo sexual, com os machos apresentando tamanho maior e quelípodos grandes com muitas cerdas e espinhos; e as fêmeas apresentando tamanho menor e câmara incubadora, situada na parte ventral do abdome, para transportar os ovos em desenvolvimento. Ambos têm carapaça translúcida com coloração que varia de amarelo pálido a verde. As fêmeas podem transportar até dois mil ovos na câmara incubadora, cujo volume aproximado é de 0,045 milímetros cúbicos. O tempo de incubação é de 14 dias, quando a temperatura da água se mantém em torno de 24 °C, e após a eclosão surgem larvas livre-natantes.[11]

Referências

  1. Rossi, Natália (2012). Revisão das espécies de Macrobrachium, Bate, 1868, pertencentes ao complexo M. olfersii (Crustacea, Palaemonidae): análises morfológicas e moleculares (PDF). Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto. p. 75-76 
  2. «Pitu». Michaelis. Consultado em 24 de abril de 2022 
  3. «Camarão d'água doce». Michaelis. Consultado em 24 de abril de 2022 
  4. Ferreira, A. B. H. (1986). Novo dicionário da língua portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 1 342 
  5. Rossi, Natália (2012). Revisão das espécies de Macrobrachium, Bate, 1868, pertencentes ao complexo M. olfersii (Crustacea, Palaemonidae): análises morfológicas e moleculares (PDF). Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto. p. 23 
  6. «Macrobrachium olfersii Genofre and Lobao, 1978». Integrated Taxonomic Information System - Report (ITIS). Consultado em 24 de abril de 2022 
  7. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  8. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  9. «Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 24 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022 
  10. Grande Dicionário Houaiss, verbete pitu
  11. «Macrobrachium olfersii». Laboratório de Reprodução e Desenvolvimento Animal da Universidade Federal de Santa Catarina. Consultado em 24 de abril de 2022. Cópia arquivada em 24 de abril de 2022 
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